terça-feira, 3 de março de 2009

PROPOSTA DE TRABALHO DE PROGRESSÃO PARCIAL DA ESCOLA JOÃO CRUZ"

PROJETO DE PROGRESSÃO PARCIAL DA EE. “PROF. João Cruz”

Justificativa
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) estabelece em seu artigo 24, inciso III, que a Progressão Parcial pode ser admitida a partir da 7ª ´serie do Ensino Fundamental. Para tanto, deve se respeitar a sequência do currículo escolar e demais normas do sistema de ensino em questão.
Por sua vez, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, por meio da Resolução Nº 21/98, definiu que a adoção deste regime se restringe aos estudantes que, mesmo sendo atendidos em projetos de reforço e recuperação, não tenham sido promovidos em até três disciplinas. Ainda em seu artigo 2º, define que a possiblidade de flexibilização curricular deverá ser implementada mediante orientação de estudos e frequência optativa do aluno.
Considerando que o aluno, após a implementação de diversas inciativas relacinadas ao desenvolvimento de competências e habilidades fundamentais (reforço, recuperação, desenvolvimento de estudos paralelos no contra-turno escolar), a Equipe Gestora e Corpo Docente da EE. “Prof. João Cruz” estabeleceram a retomada do Regime de Progressão Parcial a partir do ano letivo de 2009.

Objetivo e estrutura do projeto
Essa ação tem por objetivo oferecer a oportunidade aos educandos acima caracterizados outras possibilidaddes de retomada dos conteúdos não assimilados, sem comprometer a continuidade do processo de ensino-aprendizagem.
Diante de tal situação, ficou decidida a implantação da Progressão Parcial nas seguintes conformidades:

1) Os alunos em regimes de Progressão Parcial, bem como os pais deles e/ou responsáveis tomarão ciência das responsabilidades dos alunos diante deste projeto em reunião que terá a participação da Equipe Gestora e Corpo Docente da Unidade Escolar, a ser realizada no início do ano letivo.
2) As atividades propostas deverão ser desenvolvidas e entregues bimestralmente pelos alunos envolvidos, ou seja, cursandos das 8ª. Série do Ensino Funtamental, 1º e 2º Anos do Ensino Médio. No caso específico do 3º Ano do Ensino Médio, os educandos terão a opção de concluir e entregar os trabalhos propostos a qualquer época do ano letivo, a fim de não comprometer sua inserção no mercado de trabalho e/ou seu ingresso no Ensino Superior. Tais atividades deverão ser retiradas pelo interessado junto à Coordenação Pedagógica da U.E: e entregues a esta, impreterivelmente nas datas especificadas.
3) O Projeto de Progressão Parcial será desenvolvido em caráter não-presencial, por meio de trabalhos domiciliares, os quais também poderão ser realizados no Espaço Cultural “Asas da Leitura”, localizado na Unidade Escolar, desde que observadas as regras de uso estabelecidas.
4) A avaliação dos trabalhos será realizada por disciplina e constituída por, no mínimo, quatro instrumentos. É necessário ressaltar que os referidos trabalhos deverão ser entregues sob forma de registros manuscritos. Será um processo somativo em que o conjunto das atividades realizadas atingirá, no máximo, o total de dez pontos.Destaca-se, ainda, que a média mínima exigida em cada bimestre e disciplina para que o desempenho do aluno seja considerada suficiente será de cinco pontos. Tudo isso então em conformidade com o Projeto de Avaliação da EE. “Prof. João Cruz”.
5) As notas obtidas nas disciplinas do Projeto de Progressão Parcial poderão ser bimestralmente vinculadas às mesmas disciplinas da série que o aluno estiver cursando regularmente.
6) A análise bimestral dos trabalhos será efetuada por uma Banca Examinadora composta pelo Corpo Docente e pela Coordenação Pedagógica da U.E., reunida em datas a serem estabelecidas. Caso as atividades do aluno não contemplem as exigências propostas, será oferecido um período de quinze dias para reelaboração.
7) Especificamente para o ano letivo de 2009, ficam definidas as datas para a reunião com os pais e/ou responsáveis, as entegas dos trabalhos e as reuniões da Banca Examinadora:
a) Reunião entre professores, coodernação pedagógica, alunos e pais e/ou responsáveis:
- Data: 03/03/2009 Horario: 10h.

b) Entrega dos Trabalhos:
- 1º Bimestre: 22/04/2009
- 2º Bimestre: 22/06/2009
- 3º Bimestre: 22/09/2009
- 4º Bimestre: 23/11/2009

c) Reuniões da Banca Examinadora para a correção dos trabalhos:
- 1º Bimestre: 28/04/2009, das 17h às 19h.
- 2º Bimestre: 30/06/2009, das 17h às 19h.
- 3º Bimestre: 29/09/2009, das 17h às 19h.
- 4º Bimestre: 01/12/2009, das 17h às 19h.

8) Abaixo seguem anexos os planos de Progressão Parcial de cada disciplina, compostos por Objetivos, Conteúdos, Estratégias e Avaliações:

Obs.: A primeira atividade do 1º bimestre de 2009 será comum a todas disciplinas.
- Atividades:
1. Estudar o módulo “Murrie, Zuleika de Felice. Projeto de pesquisa escolar. São Paulo: Editora do Brasil, 2005.(livro didático adotado pela escola nos três últimos anos), pois todas as disciplinas requerem projetos de pesquisa. . A obra em questão destaca a importância de saber produzir um projeto para finalidades diversas.

Justificativa:
Justifica-se a opção porquanto, normalmente, os alunos não sabem como organizar um projeto de pesquisa, quais as partes constituintes e como elaborá-las. A proposta, então, indica um dos caminhos possíveis.

Objetivo geral:
Orientar o aluno na produção de trabalhos escolares que são antecedidos por uma pesquisa.
.
Para que se possam ampliar as seguintes habilidades:
.Conhecer as diferentes etapas de produção de um projeto;
Compreender a função dos projetos de pesquisa na vida acadêmica e pessoal;
Analisar projetos de pesquisa e as partes constituintes;
Posicionar-se criticamente em relação ao produto textual próprio e o de outros;
Elaborar projetos de pesquisa escolar.
Para isso os conteúdos contemplados são:
a. Leitura e produção de textos de divulgação científica e pragmático;
b. Conceito de pesquisa (escolar);
c. Função da pesquisa s do planejamento;
d. Estrutura, organização e recursos de projetos de projeto de pesquisa;
e. Componentes de um projeto de pesquisa;
f. Organização de projeto

Para que a ação seja efetiva, fazem necessário seguintes estratégias:
.Levantamento dos trabalhos de pesquisa escolares realizados ou em processo de construção e checagem quanto à linha seguida preestabelecida ou não na feitura da produção do projeto.
Escolha de tema para pesquisa. Produção de parágrafos a respeito do projeto que pretende realizar ou já esteja realizando. Não se esquecer de registrar. No mínimo, três fontes bibliográficas que sustentarão a pesquisa.
Produção de justificativa;
Realização de tarefas sugeridas no livro didático.
Feitura do projeto de pesquisa.

LÍNGUA PORTUGUESA

Projeto de Dependência de Língua Portuguesa se regulariza em atividades de leitura e escrita com objetivo de sanar as deficiências apresentadas ao longo do ano letivo quanto as competências e as habilidades básicas que alicerçam o ensino e a aprendizagem.
Pretende-se, então, com base nas orientações curriculares da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, desenvolver as capacidades e desenvolturas em pauta:

1. Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso adequado da linguagem verbal de acordo com os diferentes campos de atividade.
2. Construir e aplicar conceitos de várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos linguísticos da produção da tecnologia e das manifestações artísticas e literárias.
3. Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
4. Relacionar informações representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir argumentação consistente.
5. Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Para esse fim, privilegiam-se as seguintes habilidades:

Habilidades Gerais
1. Posicionar-se criticamente diante da realidade fazendo interagir conceitos, valores ideológicos e elementos linguísticos.
2. Considerar indícios de valor da contemporaneidade presentes na urdidura textual.
3. Analisar as intenções enunciativas dos textos nas escolhas dos temas, das estruturas e dos estilos, como procedimentos argumentativos.
4. Localizar informações relevantes do texto para solucionar determinado problema apresentado.
5. .Perceber se como ser em processo de construção, relacionando o projeto pessoal de vida a uma vivencia social, literária e lingüística.
6. Com base em tais competências e habilidades, a disciplina de Língua Portuguesa desenvolve os seus conteúdos em três níveis:

Conteúdos gerais em longo prazo e em médio prazo e ainda conteúdos particulares a determinada Situação de Aprendizagem
Estratégias de pré-leitura;
Estruturação da atividade escrita;
Estratégias de pós-leitura;
Elaboração de projeto de texto;
Construção lingüística da superfície textual;
Analise estilística;
Construção da textualidade;
Interpretação textual;
Intencionalidade comunicativa;
Construção da intertextualidade;
Recapitulação de conhecimentos linguísticos;
Projeto de texto
Argumentação e linguagem
Analisar textos literários e identificar neles representações históricas e ficcionais.
Refletir sobre o inconsciente individual e coletivo eleito no texto literário.

Estratégias de estudo

1ª PARTE:
3 ano:
Leitura, análise-interpretativa de obras literárias de autores da literatura brasileira e literatura portuguesa (análise estilística/intencionalidade).
Produção de resenhas, artigos de opinião e artigo de divulgação cientifica; livro – clipe / vídeo.
(Construção lingüística da superfície textual) textualidade

NOTA: As atividades, a saber: sequência didática “Mestre da literatura” (BUSQUE A PROPOSTA NO SITE): http://mecsrv04.mec.gov.br/seed/tvescola/mestres/index/principal.shtm . Clique em “Cadernos” – sugestões de atividades e “Multimídia” para assistir aos vídeos.
Pode consultar também outros tantos vídeos, como, http://www.vestibular1.com.br/video/video_aula_literatura.htm ;
1. Montagem de painéis “PowerPoint” acerca da evolução da arte literária.
2. Selecionar obras dos seguintes autores: Lima Barreto - Triste fim de Policarpo QuaresmaJosé de Alencar - O GuaraniGuimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas (troque esse romance pelo livro de conto “Recado do morro” (do livro “Corpo de baile”)).
3. Mário de Andrade - MacunaímaMachado de Assis - Memórias Póstumas de Brás CubasGraciliano Ramos - Vidas Secas.
Carlos Drummond de Andrade – A rosa do povo.
4. Leitura dos romances e poemas, contos ou crônicas.
5. Assistir a filmes, vídeos; livro-clipe, depoimentos, palestras, entrevistas dos autores e/ obras. (pesquisa do aluno)
6. Vivência com Resolução das atividades sugeridas de analise interpretativas das obras em questão (propostas do projeto “Mestre da Literatura” proposta da TV Escola).
7. Produção de painéis que remetem a tema(s) explorado(s) nas obras lidas.
8. Produção de resenha critica das obras em pauta.
9. Criação de vídeo e/ou livro – clipe das obras.

2ª PARTE:
Busque, no site a seguir, orientações acerca das exigências para se construir dissertações de qualidade http://www.vestibular1.com.br/menu/redacao.htm . . Após o estudo do assunto, destaque as ideias essências (resumo esquemático). Faça-o no computador, use o programa “PowerPoint”.
Escolha, no mínimo, cinco temas sugeridos pelas maiores instituições de ensinos superiores. Após leituras de todos eles, produção as redações.

3ª PARTE:
1. Estude as classes gramaticais e as funções sintáticas dessas classes/família gramaticais(use a minigramática da editor Saraiva, de Samira e Jesus
2. Desenvolver os exercícios sugeridos no site. Reescreva-os em outra página. Confira as respostas e some pontos dos acertos em porcentagens. http://www.vestibular1.com.br/exercicios/especificos_portugues.htm .

1ª PARTE:
1º ano
Leitura, análise-interpretativa de obras literárias que reportam aos gêneros discursivos: depoimento, carta, diário, crônica e conto. (Durante o ano letivo. As sugestões estão no final de cada capítulo a ser estudado; por isso essas leituras devem ser feitas concomitantes às atividades desenvolvidas durante os bimestres).

2ª PARTE:
Estudo e feitura das atividades do capítulo “Os gêneros discursivos”, de Abaurre. Maria Luisa M. & Abaurre. Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007, pp.30 – 42. (1º bimestre)
3ª PARTE:
Estudo e desenvolvimento das atividades sugeridas dos capítulos “Relato, carta pessoal, e-mail e diário”; “Notícia”, “Crônica”, “Biografia”, “Conto I” e “Conto II”, de Abaurre. Maria Luisa M. & Abaurre. Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007, pp.44 – 142. (2° bimestre)
4ªPARTE:
Assistir aos vídeos e ouvir as músicas sugeridas, no final de cada capítulo e produzir textos apreciativos (resenhas) dessas obras de arte. (3° bimestre)
5ªPARTE:
Navegue nos sites sugeridos, no final de cada capítulo, e faça comentários (apreciação) sobre o material explorado. (4º bimestre)

O QUE É SER MULHER????? RESPONDA.

Janaína de Oliveira Maia - 9 anos, solteira, estudante
- Para você, o que é ser mulher?
Antigamente, era não poder escolher, não poder votar, mas agora ser mulher é ser como uma pessoa comum, né?
- Você acha que a mulher de hoje é diferente da de antigamente?
Claro. Como eu disse na primeira pergunta, a mulher não podia votar, escolher. A família é que escolhia o namorado para ela. Mas agora é bem diferente.
- O que há de melhor em ser mulher? E de pior?
Não sei. O melhor é quando eu vou fazer pipi e é só sentar no vaso, não precisa ficar em pé. Nada é pior, mas antigamente... é um pouquinho de cada. A gente pode usar camiseta pequetitinha no calor e os homens não podem, mas é a gente que dá a luz, que passa pelo sofrimento.
- Quais são os seus planos para o futuro?
Ser veterinária ou bióloga, igual à minha mãe.

Simone Chiesse -20 anos, solteira, programadora de WEB
- Para você, o que é ser mulher?
É ser um ser especial.
- Você acha que a mulher de hoje é diferente da de antigamente?
Acho. A mulher de hoje está conseguindo se libertar mais, ela consegue lutar pelo que quer. Está mais combativa, mais produtiva e mais questionadora.
- O que há de melhor em ser mulher? E de pior?
De melhor é o fato de ser mais sensível. Ter uma sensibilidade maior. De pior é a menstruação.
- Quais são os seus planos para o futuro?
Quero me especializar mais na minha área ou, quem sabe, aprender coisas novas em outra área.

Adriana Rosa Valério- 27 anos, solteira, agente de segurança
- Para você, o que é ser mulher?
A palavra mulher tem um significado muito forte. Conseguimos superar muitas coisas que os homens não conseguem. É um sexo muito forte, apesar de dizerem que é o sexo frágil.
- Você acha que a mulher de hoje é diferente da de antigamente?
Superdiferente. Hoje a mulher ocupa posições na sociedade, compete com o homem de igual para igual. Existem mulheres pedreiras, mecânicas, seguranças. Antigamente a mulher era Amélia, era só passar, lavar, cozinhar, ficar dentro de casa. A cada dia as mulheres surpreendem mais. São guerreiras.
- O que há de melhor em ser mulher? E de pior?
O melhor é quando a mulher é compreendida. O pior é quando é discriminada.
- Quais são os seus planos para o futuro?
Estou estudando, no primeiro ano do segundo grau. Quero fazer faculdade de Sociologia, para trabalhar no lado social, no lado humano, fazer projetos para pelo menos amenizar os problemas que estão aí: a fome, o desemprego, a educação. Ainda mais aqui na Mangueira, onde eu moro. Não tem ninguém para orientar as pessoas, falar do valor do trabalho. As pessoas se perdem por falta de orientação.

Ana Maria Ferraz Bastos- 49 anos, separada, professora
- Para você, o que é ser mulher?
É ter que ser forte ao mesmo tempo que suave. Ter que acreditar. Ter que lutar. Ser companheira, cúmplice. E amorosa.
- Você acha que a mulher de hoje é diferente da de antigamente?
É. Antigamente ela era oprimida, sem vontade. Eu acho que elas não eram verdadeiras, porque o eu não podia aparecer. As mulheres não podiam ser elas mesmas, tinham que ser o que faziam delas, o que projetavam para elas.
- O que há de melhor em ser mulher? E de pior?
O melhor é ser mulher. Não há nada de pior.
- Quais são os seus planos para o futuro?
Não tenho. Eu vivo o presente, um dia após o outro. O que vier é lucro. Curto meus três filhos e meu neto, eles são o meu futuro, a minha vida.
Nilce Pereira Rangel del Rio
60 anos, casada, professora
- Para você, o que é ser mulher?
Eu nunca pensei nisso. Eu acho que é ser um ser humano melhor, ser um pouco mãe, um pouco esposa, um pouco amiga. É tentar fazer as coisas da melhor forma possível. É ser gente. Como também o homem, que tem que ser um pouco marido, um pouco amigo. É ser um pouco de tudo.
- Você acha que a mulher de hoje é diferente da de antigamente?
Acho. Antes ela era mais submissa, até devido à estrutura da sociedade. Ela conseguiu se libertar de uma série de clichês. Ela hoje está mais livre, se liberou. E quando eu falo em liberação, é liberação intelectual. Porque quando você libera o intelecto está se libertando para tudo.
- O que há de melhor em ser mulher? E de pior?
Eu não vejo um lado melhor e um pior. Eu acho que a mulher é um ser humano como outro qualquer. Eu não vejo por esse prisma. Elas estão aí, dando uma lição para o mundo. A mulher é um ser mais determinado. Será que seríamos mais completas?
- Quais são os seus planos para o futuro?
Eu quero continuar pesquisando. Há 8 anos estou trabalhando num dicionário da cultura brasileira, espero terminar esse dicionário o mais rápido possível. Também pretendo fazer um pós-doutorado.
Sites consultados
http://www.arquivonacional.gov.br/expo/mulher/mulher.htm
http://www.cedim.rj.gov.br/texto20.htm
http://www.direitoshumanos.usp.br
http://www.redemulher.org.br/dia8.htm
http://www.sof.org.br
http://www.sti.br.inter.net/hissatugu/j_mulher.html
http://www.un.org
http://www.usp.br/espacoaberto/...variedades.htm
Mulher Invisível
Mulher e Cidadã
Caminho dos direitos
Uma pioneira
Mulheres na tela
O que é ser mulher
Duas Poesias
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0122_6.html

PARA SAUDAR AS MULHERES

Mulher
Luiz Alberto Sanz
Há pouco mais de noventa anos, em São Petersburgo, começava a Revolução Soviética, em sua fase registrada na História como Revolução de Fevereiro. Seu estopim foram as manifestações pelo Dia Internacional da Mulher, que, no calendário juliano (então em vigor no Império Russo), caía em 23 de fevereiro. Foram as mulheres, as tecelãs, que tomaram a iniciativa do processo que resultaria na vitória dos sovietes em 7 de novembro (24 de outubro pelo calendário juliano). Como começou?
A wikipedia registra, recolhendo informações do sítio http://www.historyguide.org/europe/lecture5.html: Trabalhadoras têxteis em passeata apedrejaram janelas de outras fábricas para chamar os operários a se juntarem a elas, gritando "Abaixo a fome! Pão para os trabalhadores!". Depois começaram a virar bondes e saquearam uma grande padaria. Este tipo de agitação não era novidade. O que houve de novo – e foi notado pelas testemunhas da época – foi que a polícia não os reprimiu. Os grevistas não procuraram esconder seus rostos sob o casaco, como de costume. Um oficial cossaco gritou a alguns grevistas liderados por uma velha: "Quem vocês seguem? Vocês são liderados por uma velha bruxa!" A mulher respondeu: "Não por uma velha bruxa, mas pela irmã e mãe de soldados no front". Alguém gritou: "Cossacos, vocês são nossos irmãos, vocês não podem atirar em nós". Os cossacos, símbolos do terror czarista, foram embora. As manifestações continuaram, sem que os soldados tomassem a defesa do Estado czarista. Quatro dias depois, soldados, operários e camponeses invadiram o prédio da Duma (parlamento), onde se constituíram dois poderes paralelos: em um salão instalou-se um governo provisório, formado sobretudo por liberais, mencheviques e social-revolucionários; em outro instalou-se o Soviete de Petrogrado, integrado por todas as tendências revolucionárias: principalmente bolcheviques e anarquistas, mas também com a participação de mencheviques e social-revolucionários.
Essa história pode ser facilmente pesquisada. O que interessa agora é lembrar o papel fundamental que as mulheres e seu dia internacional tiveram nesse processo. Têm papel sempre marcante nas grandes revoluções dos trabalhadores, em que têm a coragem e o valor de partir na vanguarda, como fizeram na Derrubada da Bastilha (Revolução Francesa, 1789), que tem como símbolo Marianne, a costureira; na Comuna de Paris, em que a professora e jornalista libertária Louise Michel e a cantora e prostituta Gabriella Pucci estão entre as principais referências. A primeira, fuzil na mão e mente consciente e educada; a segunda, voz poderosa, beleza física e peito aberto, enfrentaram as tropas de Versalhes dando exemplo ao povo de Paris.
Também lá, num primeiro momento, os soldados confraternizaram com o povo. Um general insistiu na ordem de atirar e perguntou: “vocês querem se render a esses canalhas?” Conta-se que Pucci teria cantado:
Na velha cidade francesaExiste uma raça de ferro,Cuja alma, como uma fornalha,Com seu fogo bronzeou a pele.Seus filhos nascem sobre a palha,Por palácio eles só têm um casebre.É a canalha...Eu sou também!
Se é verdade, não me interessa. Essa é a versão do romance gráfico (em quadrinhos) O grito do povo, de Jacques Tardi e Jean Vautrin (Conrad Editora).
A todas que fizeram, fazem e farão nossas histórias de amor e sangue, do nascimento à morte, repletas dos prazeres mais prazerosos e da sabedoria mais sábia e menos sabida, a humilde homenagem de um homem que ama as mulheres, agregada à mensagem de meu irmão Leri Faria, que por elas é apaixonado.
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Esta homenagem vai pra as mulheres deste grupo que conheço e para as que não conheço: para todas! Dizem que hoje é o Dia Internacional da Mulher de todo dia! Aproveito pra enviar beijo pras que são de beijo, abraço pras que são de abraço, afeto e respeito pra todas as que lutam pra viver com dignidade neste mundo tão pouco digno.
Quero mandar um abraço terno pras mulheres que me amaram e eu não soube receber, mas me fizeram crescer e manter a esperança de um dia aprender. Um beijo molhado e gostoso pras mulheres que me deram prazer e me ensinaram a compartilhá-lo, um afago praquelas que me deram colo e embalsamaram momentos de dor, um puta-que-pariu pras que me fizeram rir quando tudo parecia perdido, que me ofereceram amizade sem falsear o desejo, sem querer fazer de conta que me aceitavam do jeito que imaginavam que eu fosse.Quero homenagear aquelas que me ajudaram a ser gente, homem e a gostar tanto das mulheres!Esta manhã sairei pelas ruas saudando em gesto e memória todas as mulheres que me geraram, que me criaram e que alimentam em mim a esperança de que homens e mulheres encontrem o equilíbrio e a igualdade na sua diferença. A este maravilhoso arco-íris de diversidade dedico esta canção! Um abraço carinhoso e fraterno,Leri
COBRA CORAL
Leri Faria
Oi, abre a gira na roda do mundo que eu tô no terreiroSou rezadeira, vidente, cambona desse candomblé.Sou mãe-de-santo, cunhã, carpideira. Eu sou a força que move a maré.Sou companheira, mulher brasileira, só vivo da fé. Sou quitandeira, feirante, parteira, sou dona de casa.Eu sou mucama, cigana, vedete desse cabaré.Sou sacoleira, sou contrabandista,sou a passista do samba no pé.Sou lavadeira, eu sou a baiana do acarajé!
Eu sou a lua, efêmera, nua, sou a natureza,sou odalisca, eu sou a rainha do maracatu.Sou a memória de tantas marias, sou coralina, sou cobra coral,Eu sou enredo e alegoria desse carnaval! Eu sou gazela, sou anjo da guarda, sou suçuarana.Eu sou a santa, eu sou a falada na boca do povo.Sou feminista, sou mãe de família! Sou a medusa que te enfeitiçou.Ô abre alas que eu tô na parada, meu bloco chegou! Eu sou esfinge, sou Marilyn Monroe, sou Madre Teresa.Sou madalena, sou dama da noite, eu sou o desejo,eu sou guerreira, sou mulher da vida. Sou uma estrela, sou favo de mel.Eu sou a culpa! Eu sou Joana D’Arc na porta do céu. Eu sou a lua, efêmera, nua, sou a natureza,sou odalisca, eu sou a rainha do maracatu.Sou a memória de tantas marias, sou coralina, sou cobra coral.Eu sou enredo e alegoria desse carnaval!
Confira também o especial Mulher
Publicado em 3 de março de 2009
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