quarta-feira, 30 de março de 2011

RECADO PARA AS 8ª SÉRIES - REGRAS GRAMATICAIS

PRIMEIRA:
Conheça regras de acentuação do novo acordo ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entra em vigor em 2009, vai alterar a acentuação de algumas palavras, extinguir o uso do trema e sistematizar a utilização do hífen, entre outras mudanças significativas. No Brasil, palavras como "heróico", "idéia" e "feiúra", por exemplo, deixarão de ser acentuadas. 

Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
 
1º-) Acentuam-se com acento agudo: 

As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, olá; até, olé, pontapé(s), avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s). 

Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro. 

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), á-la(s) (de ar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s) iam (de habitar-la(s)- iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á); 

c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado em (exceto as formas da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também; 

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, -éu ou -ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis. 

2º-) Acentuam-se com acento circunflexo: 

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, seguidas ou não de -s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s);
b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).
3º-) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por. 

Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
1º-) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano. 

2º-) Recebem, no entanto, acento agudo: 

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis) dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis) réptil (pl. répteis: var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ajax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices), índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes). 

Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix. 

b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), iris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.). 

Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/ tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus. 

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 

4º-) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português. 

5º-) Recebem acento circunflexo:
a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices). 

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: benção(s), côvão(s), Estêvão, zángão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus. 

c) As formas verbais têm e vêm, 3 a-s pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respectivamente / t ã j ã j /, / v ã j ã j / ou / t j /, / v j / ou ainda / t j j /, / v j j /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3a -s pessoas do singular do presente do indicativo ou 2 a-s pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. inter- vém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem etc. 

6º-) Assinalam-se com acento circunflexo:
a) Obrigatoriamente, pôde (3ª- pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode). 

b) Facultativamente, dêmos (1ª- pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo: 3ª- pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª- pessoa do singular do imperativo do verbo formar). 

7º-) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem. 

8º-) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar etc. 

9º-) Prescinde-se, do acento agudo e do circunflexo para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc. 

10º-) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo e piloto (ó), flexão de pilotar; etc. 

Da acentuação das palavras proparoxítonas
 
1º-) Levam acento agudo:
a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último; 

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo. 

2º-) Levam acento circunflexo:
a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego; 

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio. 

3º-) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, Antó- nio/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/ gênio, ténue/tênue. 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u441414.shtml 

sábado, 26 de março de 2011

2º RECADO PARA 2° ANOS DO ENSINO MÉDIO DE 2011 DO JC - MARÇO




Ninguém é escritor por haver decidido dizer certas coisas, mas por haver decidido dizê-las de determinado modo.
SARTRE, Jean Paul. Que é a Literatura?. 3ed. São Paulo: Ática, 2004.

Será este o segredo da linguagem literária?

VISITE ESTE SITE (após, comente sobre o que o texto diz e que você pode dizer do texto)


sexta-feira, 25 de março de 2011

RECADO PARA AS 8ª SÉRIES - JORGE AMADO: OS MAIS AMADO DO BRASIL

Divulgação/ABL

Jorge Amado

10/8/1912, Itabuna (BA)
6/8/2001, Salvador (BA)
Jorge Amado nasceu na fazenda Auricídia, em Ferradas, município de Itabuna. Filho do "coronel" João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado, foi para Ilhéus com apenas um ano e lá passou a infância e descobriu as letras. A adolescência ele viveria em Salvador, no contato com aquela vida popular que marcaria sua obra.

Aos 14 anos, começou a participar da vida literária de Salvador, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes, grupo de jovens que (juntamente com os do Arco & Flecha e do Samba) desempenhou importante papel na renovação das letras baianas. Entre 1927 e 1929, foi repórter no "Diário da Bahia", época em que também escreveu na revista literária "A Luva".

Estreou na literatura em 1930, com a publicação (por uma editora carioca) da novela "Lenita", escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Seus primeiros romances foram "O País do Carnaval" (1931), "Cacau" (1933) e "Suor" (1934).

Jorge Amado bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito no Rio de Janeiro (1935), mas nunca exerceria a profissão de advogado. Em 1939, foi redator-chefe da revista "Dom Casmurro". De 1935 a 1944, escreveu os romances "Jubiabá", "Mar Morto", "Capitães de Areia", "Terras do Sem-Fim" e "São Jorge dos Ilhéus".

Em parte devido ao exílio no regime getulista, Jorge Amado viajou pelo mundo e viveu na Argentina e no Uruguai (1941-2) e, depois, em Paris (1948-50) e em Praga (1951-2).

Voltando para o Brasil durante o segundo conflito mundial, redigiu a seção "Hora da Guerra" no jornal "O Imparcial" (1943-4). Mudando-se para São Paulo, dirigiu o diário Hoje (1945). Anos depois, no Rio, participaria da direção do semanário "Para Todos" (1956-8).

Em 1945, foi eleito deputado federal por São Paulo, tendo participado da Assembléia Constituinte de 1946 (pelo Partido Comunista Brasileiro) e da primeira Câmara Federal posterior ao Estado Novo. Nessa condição, foi responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. De 1946 a 1958, escreveria "Seara Vermelha", "Os Subterrâneos da Liberdade" e "Gabriela, Cravo e Canela".

Em abril de 1961, foi eleito para a cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras (sucedendo a Otávio Mangabeira). Na década de 1960, lançou os romances "A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água", "Os Velhos Marinheiros, ou o Capitão de Longo Curso", "Os Pastores da Noite", "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e "Tenda dos milagres". Nos anos 1970, viriam "Teresa Batista Cansada de Guerra", "Tieta do Agreste" e "Farda, Fardão, Camisola de Dormir".

Suas obras foram traduzidas para 48 idiomas. Muitas se viram adaptados para o cinema, o teatro, o rádio, a televisão e até as histórias em quadrinhos, não só no Brasil, mas também em Portugal, França, Argentina, Suécia, Alemanha, Polônia, Tchecoslováquia (atual República Tcheca), Itália e EUA. Seus últimos livros foram "Tocaia Grande" (1984), "O Sumiço da Santa" (1988) e "A Descoberta da América pelos Turcos" (1994).

Além de romances, escreveu contos, poesias, biografias, peças, histórias infantis e guias de viagem. Sua esposa, Zélia Gattai, é autora de "Anarquistas, Graças a Deus" (1979), "Um Chapéu Para Viagem" (1982), "Senhora Dona do Baile" (1984), "Jardim de Inverno" (1988), "Pipistrelo das Mil Cores" (1989) e "O Segredo da Rua 18" (1991). O casal teve dois filhos: João Jorge, sociólogo e autor de peças infantis; e Paloma, psicóloga.

Jorge Amado morreu perto de completar 89 anos, em Salvador. A seu pedido, foi cremado, e as cinzas, colocadas ao pé de uma árvore (uma mangueira) em sua casa. (http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u310.jhtm ).

MAIS UM POUCO DE JORGE AMADO...

 ACREDITO QUE JÁ ESTÃO LENDO "CAPITÃES DA AREIA, DE JORGE AMADO. OLHE QUE DICA...







domingo, 13 de março de 2011

O PORTUGUÊS NOSSO DE CADA DIA.............


Praca 175 - “Jesus é o Cabeça”
Bem… se Jesus é o “Cabeça”, então os doze apóstolos são, na ordem, Cabecinha, Vermelhão, Indiano, Fura-Olho, Caixa DoisZé Muamba, Turcão, TurquinhoCamarão, Escalpo, Chuck Norris e X-9.
********
Praca 172 - “Ponto de ‘Acaranjé’ - Não ‘extacione’”
Porque pimenta na vaga dos outros é refresco

Praca 178 - Defecando e “Tranzitando”.
Defecando, “tranzitando” e defecando de novo

Praca 179 - “Milho verdi” e “Pamomlha”…
E aí? Vai encarar?
Praca 181 - Barbe Aria
Sensa cional!

Praca 184 - “Como estou ‘dirijindo’?”
“Dirijindo”
eu não sei, mas escrevendo....
Praca 185 - “LONBADA”
Praca do Braziu 169 - “Vamos botar para F… mais ainda”
Literalmente

Praca do Braziu 168 - “Vendi-si mudas eucalipido e prantiu”
Tratar com Seu Creysson

Praca do Braziu 165 - Karrifú
Logo ali do lado do “Uau Marte”

Praca do Braziu 162 - Madrugão
Porque propaganda é a alma do negócio

Praca do Braziu 159 - Estacionamento meio “perildo”
Poderia ser pior. Já imaginaram se tivessem escrito “períneo”?
Praca do Braziu 157 - Orgasmo Gustativo
Desce redondo e sai cheirando a queimado....

Praca do Braziu 156 - O Pastor tem as melhores dicas para combater a crise financeira mundial.
E você aí preocupado com
a taxa de juros. Tsc, tsc, tsc
Praca do Braziu 160 - Exclusivo Caldo de Cana
Porque autoridade que é autoridade manda na rua

Praca do Braziu 155 - Burak Obama
“Burak” Obama: lá empossa, aqui em poça.


Não sei o que foi pior: o frio do balcão ou a vergonha da moça ali na frente


Breve num aviário perto de você

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Não entendeu nada? Segue a tradução
Placa laranja:
“Oba 99% (não me pergunte o que ele quis dizer com isso…)! Chave é 1 real e quarenta. Conserta e amola tesoura e alicate. Dou aula de Português (Hahahahahaha!!!). Faço carimbo. Sou o melhor chaveiro.”
Placa amarela:
“Amola e conserta tesoura, alicate e faca. Sou o mais melhor (sic) amolador. É 1 real só.”


Da série “A torcida do Bahia também vota“


A pizza até que é boa, mas a massa pesa um pouco

O melhor é o convênio: “juntos para melhor servi-los”


Resta saber se a intenção era escrever “ATLETA” ou “AO TETRA”. Vá saber



Dizem que o diferencial por lá é o atendimento



Em outras palavras, “não dou desconto de jeito nenhum”






Preciso traduzir?



Ah, sim! A “igesão” é “eleutrôinca”, tá?



“Hoge” é um novo dia mesmo, não?



Tradução: A Barraca do Silvestre - Temos cerveja, água, refrigerante, hot dog, churrasquinho de frango, carne, charque, queijo e salsichão



Os analfabetos agradecem a consideração



Agora, se seu problema for ortografia, esqueça. Eles não podem te ajudar...



Não perca as contas. É o verdadeiro jogo dos 7 erros



Tradução: “temos peças e pneus para sua bike”



É o spray do Cebolinha



Surge uma novidade: o “S” cedilha



Rocky Balboa, com faca, é Rambo



Fiquei na dúvida. O motor é dianteiro ou traseiro?
 

 VOCÊ PODE COMPLETAR ESSA LISTA, POIS  EXEMPLARES NÃO VÃO FALTAR...

terça-feira, 8 de março de 2011

8 DE MARÇO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER. TEMOS MUITO A COMEMORAR OU NÃO???????...





BRILHAMOS... MAS MUITO AINDA PRECISA SER FEITO

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/mulher2011/


Da luta travada a flor recebida

O Dia Internacional da Mulher foi criado para ser um marco da luta da mulher por seus direitos em todo o mundo. Quando recebemos um parabéns pelo seu Dia, ou até mesmo uma flor, nos sentimos um pouco hesitantes e nos questionamos: O que estamos fazendo com o nosso Dia?

De toda maneira ele tem servido anualmente para revermos nossos conceitos, para analisarmos a condição feminina e suas facetadas implicações. Como deputada, sou convidada a dar entrevistas, escrever artigos, participar de eventos voltados ao tema, demonstração prática que o Dia ainda cumpre seu papel no levantamento de pautas e na discussão de assuntos importantes para a consolidação da igualdade de direitos.

Atualmente eu divido a problemática que afeta a condição feminina em três grandes eixos, principalmente no Estado de São Paulo.

O primeiro é o eixo da violência contra a mulher. A violência que acontece nos lares, uma violência silenciosa e, muitas vezes, imperceptível aos olhos da comunidade e do poder público. A violência que não está registrada em nenhum banco de dados, mas é real.

À mulher denunciante tem a seu favor a Lei Maria da Penha, que eu acredito tenha vindo para ajudar. Acabaram-se as penas alternativas, o agressor pode ser preso em flagrante, a agressão vai para sua ficha, e passaram a existir juizados especiais.

Acho importante, enfatizar que o nosso Estado foi pioneiro mundial na criação e instalação das Delegacias da mulher. Hoje nós temos 129 Delegacias da Mulher, sendo 09 na Capital, 13 na grande São Paulo, e 107 no interior do Estado. Juntas elas atendem uma média de 300 mil mulheres por ano, que em sua maioria são vítimas de ameaça e de lesão corporal.

O segundo eixo é o da saúde da mulher. A saúde também está marcada pela questão de gênero. Hoje existe uma série de enfermidades importantes que afetam apenas mulheres. É preciso fazer um alerta no sentido de fortalecer e estruturar políticas públicas de saúde feminina, principalmente as preventivas.

O câncer de mama e o câncer de colo de útero são as principais causas de morte. Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que o câncer é o responsável pelo maior número de mortes entre mulheres em idade fértil no Brasil. Em segundo lugar vêm as doenças cardiovasculares, efeito colateral do acesso ao emprego e também da responsabilidade em sustentar seus lares sozinhas.

Pela estrutura familiar e cultural brasileira é possível a qualquer sociólogo comprovar a carga excessiva de trabalho a qual se submetem um número cada vez maior de mulheres, principalmente as que vivem nas regiões metropolitanas, e é possível também comprovarmos os efeitos nocivos desta carga na saúde da mulher, em uma equação perversa de mais trabalho, menos cuidado com a saúde, tanto na prevenção como nos tratamentos iniciados.

O terceiro eixo é composto pelo mundo do trabalho e a tão sonhada igualdade salarial que ainda não se concretizou. A mulher ampliou sua participação no mercado de trabalho, em algumas funções específicas tem um grau de empregabilidade maior do que dos homens, mas, no mundo a mulher ainda ganha menos do que os homens para desenvolver as mesmas funções.

Aqui no Brasil está diferença chega a 30%. Uma pesquisa feita pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - no final de 2008, concluiu que se nada for feito, vamos demorar 87 anos, até conseguirmos a igualdade salarial.

Precisamos aumentar o número de creches, melhorarmos o planejamento familiar, e proporcionarmos no período escolar orientação profissional para as meninas. Muitas vezes, a mulher se coloca inconscientemente num papel de submissão também no trabalho. É preciso que haja uma mudança de comportamento.

Por isso eu coloco estas três pautas importantíssimas a serem debatidas, violência, saúde e mercado de trabalho, assuntos marcados pela questão de gênero, que devem ser observados não só pelo poder público na estruturação de políticas públicas efetivas que melhorem a condição feminina, mas também por todas nós mulheres, em nosso dia-a-dia, nas mais diversas atividades.

Só desta maneira o Parabéns e a flor não irão desvirtuar nossa luta, e sim nos lembrar que ainda temos muito a fazer. (Deputada estadual Analice Fernandes é enfermeira e foi eleita para o seu terceiro mandato) http://www.otaboanense.com.br/noticia/4390/da-luta-travada-a-flor-recebida/ - acesso em 08/03/2011.